Leitura

REFLEXÃO


CADÁVERES

“Pois onde estiver o cadáver, aí se ajuntarão as águias.” (MATEUS 24:28)
Apresentando a imagem do cadáver e das águias, 
referia-se o Mestre à necessidade dos homens penitentes, 
que precisam recursos de combate à extinção das sombras em que se mergulham.
Não se elimina o pântano, atirando-lhe flores.
Os corpos apodrecidos no campo atraem corvos que os devoram.
Essa figura, de alga significação simbológica, 
é dos mais fortes apelos do Senhor, 
conclamando os servidores do Evangelho aos movimentos do trabalho santificante.
Em vários círculos do Cristianismo renascente surgem os que se queixam, 
desalentados, da ação de perseguidores, obsessores e verdugos visíveis e invisíveis.
 Alguns aprendizes se declaram atados à influência deles
 e confessam-se incapazes de atender aos desígnios de Jesus.
Conviria, porém, muita ponderação, antes de afirmativas desse jaez, 
que apenas acusam os próprios autores.
É imprescindível lembrar sempre que as aves impiedosas 
se ajuntarão em torno de cadáveres ao abandono.
Os corvos se aninham noutras regiões, quando se alimpa o campo em que permaneciam.
Um homem que se afirma invariavelmente infeliz 
fornece a impressão de que respira num sepulcro;
 todavia, quando procura renovar o próprio caminho, 
as aves escuras da tristeza negativa se afastam para mais longe.
Luta contra os cadáveres de qualquer natureza que se abriguem em teu mundo interior. 
Deixa que o divino sol da espiritualidade te penetre,
 pois, enquanto fores ataúde de coisas mortas, 
serás seguido, de perto, pelas águias da destruição.
(Chico Xavier/Emmanuel – “Pão Nosso”)




* Todos os homens, na intimidade de si mesmos, 
são defrontados por desafios da carência e da fortuna 
que os convocam ao esforço de sublimação.
Aquele que se empobrece de ignorância e maldade, 
buscando enriquecer-se de amor e sabedoria, 
no serviço ao próximo, através do trabalho e do estudo incessantes, 
adquirindo compreensão e conhecimento,
 luz e paz, diante das Leis Divinas, é, 
de todos os pobres e de todos os ricos, 
o homem mais valioso e mais feliz.
(Chico Xavier por André Luiz)

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FAZEI PREPARATIVOS
“Então ele vos mostrará um grande cenáculo mobilado; aí fazei preparativos.” 
– Jesus (LUCAS, 22:12.)
Aquele cenáculo mobilado, a que se referiu Jesus, é perfeito símbolo do aposento interno da alma.
À face da natureza que oferece lições valiosas em todos os planos de atividade, observemos que o homem aguarda cada dia, renovando sempre as disposições do lar. Aqui, varrem-se detritos; acolá, ornamentam-se paredes. Os móveis, quase sempre os mesmos, passam por processos de limpeza diária.
O homem consciencioso reconhecerá que a maioria das ações, na experiência física, encerra-se em preparação incessante para a vida com que será defrontado, além da morte do corpo.
Se isto ocorre com a feição material da vida terrena, que não dizer do esforço propriamente espiritual para o caminho eterno?
Certamente, numerosas criaturas atravessarão o dia à maneira do irracional, em movimentos quase mecânicos. Erguem-se do leito, alimentam o corpo perecível, absorvem a atenção com bagatelas e dormem de novo, cada noite.
O aprendiz sincero, todavia, sabe que atingiu o cenáculo simbólico do coração. Embora não possa mudar de idéias diariamente, qual acontece aos móveis da residência, dá-lhes novo brilho a cada instante, sublimando os impulsos, renovando concepções, elevando desejos e melhorando sempre as qualidades estimáveis que já possuí.
O homem simplesmente terrestre mantém-se na expectativa da morte orgânica; o homem espiritual espera o Mestre Divino, para consolidar a redenção própria.
Não abandoneis, portanto, o cenáculo da fé e, aí dentro, fazei preparativos em constante ascensão.
(Chico Xavier/Emmanuel – “Pão Nosso”)

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O Evangelho Segundo o Espiritismo

por ALLAN KARDEC – tradução de José Herculano Pires

*Advento do Espírito da Verdade

ESPÍRITO DE VERDADE
Paris, 1860
                                                          
5 – Venho, como outrora, entre os filhos desgarrados de Israel, trazer a verdade e dissipar as trevas. Escutai-me. O Espiritismo, como outrora a minha palavra, deve lembrar os incrédulos que acima deles reina a verdade imutável: o Deus bom, o Deus grande, que faz germinar as plantas e que levanta as ondas. Eu revelei a doutrina divina; e, como um segador, liguei em feixes o bem esparso pela humanidade, e disse: “Vinde a mim, todos vós que sofreis!”
Mas os homens ingratos se desviaram da estrada larga e reta que conduz ao Reino de meu Pai, perdendo-se nas ásperas veredas da impiedade. Meu Pai não quer aniquilar a raça humana. Ele quer que, ajudando-vos uns aos outros, mortos e vivos, ou seja, mortos segundo a carne, porque a morte não existe, sejais socorridos, e que não mais a voz dos profetas e dos apóstolos, mas a voz dos que se foram, faça-se ouvir para vos gritar: Crede e orai! Porque a morte é a ressurreição, e a vida é a prova escolhida, durante a qual vossas virtudes cultivadas devem crescer e desenvolver-se como o cedro.
Homens fracos, que vos limitais às trevas de vossa inteligência, não afasteis a tocha que a clemência divina vos coloca nas mãos, para iluminar vossa rota e vos reconduzir, crianças perdidas, ao regaço de vosso Pai.
Estou demasiado tocado de compaixão pelas vossas misérias, por vossa imensa fraqueza, para não estender a mão em socorro aos infelizes extraviados que, vendo o céu, caem nos abismos do erro. Crede, amai, meditai todas as coisas que vos são reveladas; não misturem o joio ao bom grão, as utopias com as verdades.
Espíritas; amai-vos, eis o primeiro ensinamento; instruí-vos, eis o segundo. Todas as verdades se encontram no Cristianismo; os erros que nele se enraizaram são de origem humana; e eis que, de além túmulo, que acreditáveis vazios, vozes vos clamam: Irmãos! Nada perece. Jesus Cristo é o vencedor do mal; sede os vencedores da impiedade!


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JESUS E TOLERÂNCIA (I)
Em termos de Psicologia Profunda, a questão do julgamento das faltas alheias constitui um grave cometimento de desumanidade em relação àquele que erra.
O problema do pecado pertence a quem o pratica, que se encontra, a partir daí, incurso em doloroso processo de autoflagelação, buscando, mesmo que inconscientemente, libertar-se da falta que lhe pesa como culpa na economia da consciência.
A culpa é sombra perturbadora na personalidade, responsável por enfermidades soezes, causadoras de desgraças da vária ordem.
Insculpida nos painéis profundos da individualidade, programa, por automatismos, os processos reparadores para si mesma.
Toda contribuição de impiedade, mediante os julgamentos arbitrários, gera, por sua vez, mecanismos de futura aflição para o acusador, ele próprio uma consciência sob o peso de vários problemas.
Julgando as ações que considera incorretas no seu próximo, realiza um fenômeno de projeção da sua sombra em forma de auto justificação, que não consegue libertá-lo do impositivo das suas próprias mazelas.
A tolerância, em razão disso, a todos se impõe como terapia pessoal e fraternal, compreendendo as dificuldades do caído, enquanto lhe distende mãos generosas para o soerguer.
Na acusação, no julgamento dos erros alheios, deparamos com propósitos escusos e vingança-prazer em constatar a fraqueza dos outros indivíduos, que sempre merecem a misericórdia que todos esperamos encontrar quando em circunstâncias equivalentes.
(Livro: Jesus e Atualidade - Joanna de Ângelis/Divaldo P. Franco)


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JESUS E TOLERÂNCIA (II)
Jesus sempre foi severo na educação dos julgadores da conduta alheia.
Certamente, há cortes e autoridades credenciadas para o ministério de saneamento moral da sociedade, encarregadas dos processos que envolvem os delituosos e os julgam, estabelecendo os instrumentos reeducativos, jamais punitivos, pois que, se o fizessem, incidiriam em erros idênticos, se não mais graves.
O julgamento pessoal, que ignora as causas geradoras dos problemas, demonstra o primitivismo moral do homem ainda “lobo” do seu irmão.
O Mestre estabeleceu a formosa imagem do homem que tem uma trave dificultando-lhe a visão, e, no entanto, vê o cisco no olho do seu próximo.
A proposta é rigorosa, portadora de claridade iniludível, que não concede pauta a qualquer evasão de responsabilidade.
Ele próprio, diante da multidão aflita, equivocada, perversa, insana, em vez de julgá-la, tomou-se de compaixão e ajudou-a.
Naturalmente não solucionou todos os problemas, nem atendeu a todos, como eles o desejavam. Não obstante, compadecido, os amou, envolvendo-os em ternura e ensinando-lhes as técnicas de libertação para adquirirem a paz.
(Livro: Jesus e Atualidade - Joanna de Ângelis/Divaldo P. Franco)


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JESUS E AMOR (I)
A figura humana de Jesus confirma a Sua procedência e realização como o Ser mais perfeito e integral jamais encontrado na Terra.
Toda a Sua vida se desenvolveu num plano de integração profunda com a Consciência Divina, conservando a individualidade em um perfeito equilíbrio psicofísico.
Como consequência, transmitia confiança, porque possuía um caráter com transparência diamantina, que nunca se submetia às injunções vigentes, características de uma cultura primitiva, na qual predominavam o suborno das consciências, o conservadorismo hipócrita, uma legislação tão arbitrária quanto parcial e a preocupação formalística com a aparência em detrimento dos valores legítimos do indivíduo.
Portador de uma lídima coragem, insurgia-se contra a injustiça onde e contra quem se apresentasse, nunca se omitindo, mesmo quando o consenso geral atribuía legalidade ao crime.
Paciente e pacífico, mantinha-se em serenidade nas circunstâncias mais adversas; e jovial, nos momentos de alta emotividade, demonstrando a inteireza dos valores íntimos, em ritmo de harmonia constante.
Numa sociedade agressiva e perversa, elegeu o amor como a solução para todos os questionamentos, e o perdão irrestrito como terapêutica eficaz para todas as enfermidades.
Não apenas ministrava-o através de palavras, mas, sobretudo, mediante atitudes claras e francas, arriscando-se por dilatá-lo especialmente aos infelizes, aos detestados, aos segregados, aos carentes.
Em momento algum se submeteu às conveniências perniciosas de raça, ideologia, partido e religião, em detrimento do amor indistinto quanto amplo a todos que O cercavam ou O encontravam.
(Livro: Jesus e Atualidade - Joanna de Ângelis/Divaldo P. Franco)


══════════ ღೋƸ̵̡Ӝ̵̨̄Ʒღೋ════════ JESUS E AMOR (II)
Por amor, elegeu um samaritano desprezado, para dele fazer o símbolo da solidariedade.
Com amor, liberou uma mulher equivocada, tirando-lhe o complexo de culpa.
Pelo amor, atendeu à estrangeira siro-fenícia que Lhe pedia socorro para a enfermidade humilhante.
De amor estavam repletos Seus coração e Suas mãos para esparzi-lo com os espezinhados, fosse um cobrador de impostos, uma adúltera, o filho pródigo, a viúva necessitada, ou a mãe enlutada.
Sempre havia amor em Sua trajetória, iluminando as vidas e amparando as necessidades dos corpos, das mentes das almas.
(Livro: Jesus e Atualidade - Joanna de Ângelis/Divaldo P. Franco)


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JESUS E AMOR (III)
Compadecia-se de todos; no entanto, mantinha a energia que educa, edifica, disciplina e salva.
Chorou sobre Jerusalém, invectivou a farsa farisaica, advertiu os distraídos, condenou a hipocrisia e deu a própria vida em holocausto de amor.
Nunca se perdeu em sentimentalismos pueris ou agressividades rudes.
O amor norteava-Lhe os passos, as palavras e os pensamentos.
Tornou-se e prossegue como sendo o símbolo do amor integral em favor da humanidade, à qual auspicia um sentimento humano profundo e libertador.
(Livro: Jesus e Atualidade - Joanna de Ângelis/Divaldo P. Franco)


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JESUS E HUMANIDADE (I)
Jesus-Homem é a lição de vida que haurimos no Evangelho como convite ao homem, que se deve deificar.
Não havendo criado qualquer doutrina ou sistema, Jesus tornou a Sua vida o modelo para que o homem se pudesse humanizar, adquirindo a expressão superior.
No Seu tempo, e ainda agora, o homem tem sido símbolo de violência, prepotência e presunção, dominador exterior, estorcegando-se, porém, na sua fragilidade, nos seus conflitos e perecibilidade.
Após os Seus exemplos surgiu um diferente homem: humilde, simples, submisso e forte na sua perenidade espiritual.
(Livro: Jesus e Atualidade - Joanna de Ângelis/Divaldo P. Franco)


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JESUS E HUMANIDADE (II)
Enquanto os grandes pensadores de todos os tempos estabelecem métodos e sistemas de doutrinas. Ele sustentou, no amor, os pilotis da ética humanizadora para a felicidade.
Não se utilizou de sofismas, nem de silogismos, jamais aplicados, comportamentos excêntricos ou fórmulas complexas, que exigissem altos níveis de inteligência ou de astúcia. Tudo aquilo a que se referiu é conhecido, embora as roupagens novas que o revestem.
Utilizou-se de um insignificante grão de mostarda, para lecionar sobre a fé; recorreu a redes de pesca e a peixes, para deixar imperecíveis exemplos de trabalho; a semente caindo em diferentes tipos de solos, para demonstrar a diversidade de sentimentos humanos ante o pólen de luz da Sua palavra...
O Sermão da Montanha inverteu o convencional e aceito sem discussão, exaltando a vítima inocente em vez do triunfador arbitrário; o esfaimado de justiça, de amor e de verdade, em desconsideração pelo farto e ocioso dilapidador dos dons da vida.
(Livro: Jesus e Atualidade - Joanna de Ângelis/Divaldo P. Franco)


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JESUS E HUMANIDADE (III)
Jesus é a personagem histórica mais identificada com o homem e com a humanidade.
Todo o Seu ministério é feito de humanização, erguendo o ser do instinto para a razão e daí para a angelitude.
Igualmente, é o Homem que mais se identifica com Deus.
Nunca se Lhe refere como se estivesse distante, ou fosse desconhecido, ou temível.
Apresenta-O em forma de Amor, amável e conhecido, próximo das necessidades humanas, compassivo e amigo.
Reformula o conceito mosaico e atualiza-o em termos de conquista possível, aproximando os homens dEle pela razão simples de Ele estar sempre próximo dos indivíduos que se recusam a doar-se-Lhe em amor.
Referindo-se ao Reino, não o adorna de quimeras nem o torna pavoroso; antes, desperta nos corações o anelo de consegui-lo na realidade da transcendência de que se reveste.
Nega o mundo, sem o maldizer, abençoando-o nas maravilhosas paisagens nas quais atende a dor, e deixa-se mergulhar em meditações profundas sob o faiscar das estrelas luminíferas do Infinito.
Jesus, na humanidade, significa a luz que a aquece e a clareia.
(Livro: Jesus e Atualidade - Joanna de Ângelis/Divaldo P. Franco)


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JESUS E HUMANIDADE (IV)
Se te deixaste fossilizar por doutrinas ortodoxas que pretendem nEle ter o seu fundador, renasce e busca-O, na multidão ou no silêncio da reflexão, fazendo uma releitura das Suas palavras, despidas das interpretações forjadas.
Se te decepcionaste com aqueles que se dizem seguidores dEle mas não Lhe vivem os exemplos, olvida-os, seguindo-O na simplicidade dos convites que Ele te endereça até agora e estão no conteúdo das Suas mensagens, ainda vivas quão ignoradas.
Se não Lhe sentiste o calor, rompe o frio da tua indiferença e faze-te um pouco imparcial, sem reações adrede estabelecidas, facultando-Lhe penetrar-te o coração e a mente.
Na tua condição humana, necessitas dEle, a fim de cresceres, saindo dos teus limites para o infinito do Seu amor.
Jesus veio ao homem para humaniza-lo, sem dúvida.
Cabe-te, agora, esquecer por momentos das tuas pequenezes e recebe-Lo, assim cristificando-te, no logro da tua realização.
(Livro: Jesus e Atualidade - Joanna de Ângelis/Divaldo P. Franco)
IMORTALIDADE (I)
Durante o trânsito carnal é possível que não te dês conta da fragilidade na qual assentas as tuas aspirações e trabalhas os teus planos.
Não poucas vezes tens a impressão que o carro orgânico prosseguirá deslizando pelas estradas atapetadas da juventude, do prazer, das programações agradáveis. Enfermidade, sofrimento, desar, envelhecimento e morte, supões, são ocorrências que atingem apenas as outras pessoas, nunca a ti.
Pensavas que o anjo da morte somente descesse as suas asas sobre os outros, a fim de arrebata-los, não imaginando que isso pudesse ocorrer também contigo...
Lentamente, porém, despertas para a realidade corporal.
A forma física apolínea ou venusina, a mocidade risonha e o encantamento feliz cedem lugar às modificações naturais quão inevitáveis da estrutura física, ao envelhecimento, à decrepitude, aos dessabores, quando a morte não os precede, inesperada, implacavelmente.
Os acidentes de veículos arrebatam vidas humanas com volúpia crescente, e os esportes, violentos quanto perigosos, carregam homens juvenis, demonstrando que não há prazo estabelecido para o encerramento da jornada, nem preferência exclusiva pelos enfermos, pelos desditosos e pelos envelhecidos...
É necessário que acordes para os impositivos da imortalidade, conscientizando-te dos elevados objetivos da existência corporal.
(Livro: Fonte de Luz - Joanna de Ângelis/Divaldo P. Franco)


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IMORTALIDADE (II)
Estás mergulhado no oceano da imortalidade, queiras ou não.
O corpo, de que o Espírito se utiliza, é qual escafandro adequado para a experiência da evolução mediante o processo reencarnatório.
É específico, e resguarda o mergulhador, mas tem utilidade limitada, efêmera, que cessa, logo que está concluído o objetivo para o qual é utilizado.
A vida não sucumbe no momento da morte.
Se tal ocorresse, ela mesma seria paradoxal, destituída de sentido real.
Tudo no mundo experimenta contínuas transformações, incessantes alterações, por que o ser humano deve sucumbir?
Faze uma análise mais profunda, e perceberás que o milagre da imortalidade se apresenta em todo o processo da evolução.
Há um incessante progresso natural e um inestancável desenvolvimento, que se apresenta a cada momento, sempre mais enriquecedores, intérminos.
A vida, como consequência, não cessa, pois, prosseguindo, abençoada e alvissareira após o túmulo, dando curso a esse movimento de sublimação.
Reflexiona a respeito da transitoriedade carnal, e elabora programas de qualidade superior, que possas dar prosseguimento quando encerrares o ciclo orgânico.
Viverás, e serás caracterizado pelos teus pensamentos, palavras e ações da atualidade, que ressumarão do inconsciente, tomando-te por inteiro e vitalizando-te.
Pensa, fala e age, portanto, corretamente, a fim de que despertes feliz após a tumba.
O mesmo ocorrerá com todos a quem amas ou não – eles viverão.
Aqueles que te anteciparam na viagem de retorno, esperam-te.
Não os pranteies em desespero, nem duvides da sua existência.
Recorda-os com carinho, e envia lhes pensamentos bons, saudáveis, rememorando-os nos momentos felizes que tiveram, quando estavam na Terra.
Essa evocação alcançá-los-á com ternura, e os despertará se estiverem adormecidos, assim como os felicitará, caso se encontrem lúcidos.
Mantém com eles os vínculos de amor que te sustentarão nos fios da esperança em favor do breve reencontro feliz.
Jesus retornou da sepultura em exuberante imortalidade, a fim de nos oferecer para sempre a certeza de que a existência corporal passa com brevidade, mas a vida infinita e grandiosa jamais se interromperá.
(Livro: Fonte de Luz - Joanna de Ângelis/Divaldo P. Franco)


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JESUS E DESAFIOS (I)
O processo de evolução constitui para o Espírito um grande desafio.
Acostumado às vibrações mais fortes no campo dos sentidos físicos, somente quando a dor o visita é que ele começa a aspirar por impressões mais elevadas, nas quais encontre lenitivo, anelando por conquistas mais importantes.
Vivendo em luta constante contra os fatores constringentes do estágio em que se demora, vez por outra experimenta paz, que passa a querer em forma duradoura.
No começo, são as dores com intervalos de bem estar que o assinalam, até conseguir a tranquilidade com breves presenças do sofrimento, culminando com a plenitude sem aflição.
De degrau em degrau, ascende, caindo para levantar-se, atraído pelo sublime tropismo do Amor.
Conseguir o estágio mais alto significa-lhe triunfar.
*
Aturdido e inseguro, descobre uma conspiração quase geral contra o seu fatalismo. São as suas heranças passadas que agora ressurgem, procurando retê-lo na área estreita do imediatismo, em nível inferior de consciência, onde apenas se nutre, dorme e se reproduz, com indiferença pelas emoções do belo, do nobre, do sadio.
Anestesiado pelas necessidades vegetativas, busca apenas o gozo, que termina por causar-lhe saturação, passando a um estado de tédio que antecipa a necessidade premente de outros valores.
Lentamente desperta para realidades que antes não o sensibilizavam e, de repente, passam a significar-lhe meta a conseguir, sentindo-se estimulado a abandonar a inoperância.
O Psiquismo Divino, nele latente, responde ao apelo das forças superiores e desatrela-se do cárcere celular, qual antena que capta a emissão de mensagens alcançadas somente nas ondas em que sintoniza.
O primeiro desafio, o de penetrar emoções novas, o atrai, impelindo-o a tentames cada vez mais complexos, portanto, mais audaciosos.
Experimentando este prazer ético e estético, diferente da brutalidade do primarismo, acostuma-se com ele e esforça-se para novos cometimentos que, a partir de então, já não cessam, desde que, encerrado um ciclo, qual espiral infinita, outro prazer se abre atraente, parecendo-lhe cada vez mais fácil.
(Livro: Jesus e Atualidade - Joanna de Ângelis/Divaldo P. Franco)


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JESUS E DESAFIOS (II)
Tudo na vida são desafios às resistências.
A Lei de Entropia degrada a energia que tende à consumpção, para manter o equilíbrio térmico de todas as coisas.
O envelhecimento e a morte são fenômenos inevitáveis no cosmo biológico e no Universo.
Os batimentos cardíacos são desafios à resistência do músculo que os experimenta; os peristálticos são teste constante para as fibras que os sofrem; a circulação do sangue é quesito essencial para a irrigação das células; a respiração constitui fator básico, sem o qual a vida perece. Tudo isso e muito mais, na área dos automatismos fisiológicos, a interferir nos de natureza psicológica.
É natural que o mesmo suceda no campo moral do ser, que nunca retrocede e não deve estacionar sob pretexto algum.
No progresso, a evolução é inevitável.
A felicidade é o ponto final.
(Livro: Jesus e Atualidade - Joanna de Ângelis/Divaldo P. Franco)


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JESUS E DESAFIOS (III)
Não cabe ao homem retroceder na luta, senão para reabastecer-se de forças e prosseguir nos embates.
O crescimento de qualquer ideal é resultado dos estágios inferiores vencidos, das etapas superadas, dos desafios enfrentados.
A sequoia culmina a altura e a volume máximos, célula a célula.
O Universo se renova e prossegue, molécula a molécula.
Facilidade é perda de estímulo com prejuízo para a ação.
Toda a vida do Mestre foi um suceder incessante de desafios.
Embates no Seu meio social e familial constituíram Lhe os primeiros impedimentos, que foram ultrapassados, em razão da superior finalidade para a qual viera.
Ele não aceitou carregar o fardo do mundo em caráter de redenção dos outros, mas ensinou cada um a conduzir o seu próprio compromisso em paz de consciência; não assumiu as tarefas alheias, nem deixou de demonstrar como fazê-las; no entanto, altaneiro, sem presunção tampouco sem submissão covarde.
Os desafios da sociedade injusta e arbitrária chegaram Lhe provocadores, mediante situações, pessoas e circunstâncias; apesar disso, sem deter-se, Ele continuou íntegro, enfrentando-os sem ira ou medo.
Passou aquele tempo; todavia, permanecem os resíduos doentios.
Alterou-se a paisagem, não os valores, que prosseguem relativamente os mesmos, gerando obstáculos e insatisfações.
Enfrenta os desafios da tua vida, serenamente.
Não aguardes comodidades que não mereces.
Realiza a tua marcha, indômito, preservando os teus valores íntimos e aumentando-os na ação diária.
Quem teme a escuridão, perde-se na noite.
Sê tu aquele que acende a lâmpada e clareia as sombras.
Desafiado, Jesus venceu. Segue-O e nunca te detenhas ante os desafios para o teu crescimento espiritual.
(Livro: Jesus e Atualidade - Joanna de Ângelis/Divaldo P. Franco)


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JESUS E REENCARNAÇÃO (I)
Não fosse Jesus reencarnacionista, toda a Sua mensagem seria fragmentária, sem suporte de segurança, por faltar-lhe a justiça na sua mais alta expressão, propiciando ao infrator a oportunidade reeducativa, com o consequente crescimento para a liberdade a que aspira.
O amor por Ele ensinado, se não tivesse como apoio a benção do renascimento corporal ensejado recomeço e reparação, teria um caráter de transitória preferência emocional, com a seleção dos eleitos e felizes em detrimento dos antipáticos e desditosos.
Com o apoio na Doutrina dos renascimentos físicos, Ele identificava de imediato quais os necessitados que estavam em condições de recuperar a saúde ou não, tendo em consideração os fatores que os conduziam ao sofrimento. E, por isso mesmo, nem todos aqueles que Lhe buscavam a ajuda logravam-na ou recuperavam-se.
Porque sabia ser enfermo o Espírito, e não o corpo, sempre se dirigia preferencialmente à individualidade, e não à personalidade de que se revestia cada homem.
Sabendo acerca da fragilidade humana, emulava à fortaleza moral, fiel à Lei de Causa e Efeito vigente no mundo.
Não apenas no diálogo mantido com Nicodemos vibrou a Sua declaração quanto à necessidade de nascer de novo. Ela se repete de forma variada, outras vezes, confirmando o processo das sucessivas experiências carnais, método misericordioso do Amor de Deus para o benefício de todos os Espíritos.
Nenhuma surpresa causara aos Seus discípulos a resposta a respeito do Elias que já viera, assim como a indagação em torno de quem Ele seria, segundo a opinião do povo, em razão de ser crença, quase generalizada à época, a pluralidade dos renascimentos.
(Livro: Jesus e Atualidade - Joanna de Ângelis/Divaldo P. Franco)


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JESUS E REENCARNAÇÃO (II)
Espírito puro, jamais enfermou, enfrentando os fatores climáticos e ambientais mais diversos com a mesma pujança de força e saúde a se refletir na expressão de beleza e de paz nEle estampada.
Quem O visse, jamais O olvidaria, e todo aquele que Lhe sentisse o toque amoroso, ficaria impregnado pelo Seu magnetismo para sempre.
É verdade que não poucos homens, que foram comensais da Sua misericórdia, aparentemente O esqueceram... Todavia, reencarnaram-se através da História, recordando-O às multidões, e ainda hoje se encontram empenhados em fazê-Lo conhecido e amado.
(Livro: Jesus e Atualidade - Joanna de Ângelis/Divaldo P. Franco)


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JESUS E REENCARNAÇÃO (III)
A psicoterapia que Ele utilizava era centrada na reencarnação, por saber que o homem é o modelador do próprio destino, vivendo conforme o estabeleceu através dos atos nas experiências passadas.
Por tal razão, jamais condenou a quem quer que fosse, sempre oferecendo a ocasião para reparar o prejuízo e recuperar-se diante da própria, bem como da Consciência Divina.
Sem preferência ou disputa por alguém ou coisa alguma, a tudo e a todos amou com desvelo, albergando a humanidade de todos os tempos no Seu inefável afeto.
Espalhou missionários pela Terra, falando a linguagem da reencarnação, até o momento em que Ele próprio veio confirmá-la , acenando com esperança futura de felicidade para todas as criaturas.
(Livro: Jesus e Atualidade - Joanna de Ângelis/Divaldo P. Franco)



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